sábado, 17 de abril de 2010

O PODER















O poder
que emana do indicador
daquele que sabe de cor
a cura da dor de viver
Este sim,
sem a mínima sombra de dúvida,
é o tal do poder superior.
Que atravessa a couraça
do ser ou não ser,
do be e do não be,
e vai direto ao xis da questão

(este sim)
é o verdadeiro trem-bala,

é o super,
o hiper,
o mega,
é o bom!
"Eu te curo"
- ele diz -

da doença
que corrói a carne,
da praga,
que corrói o osso,

da dívida externa
e da dúvida eterna.

"Eu te curo"
- ele diz -

dos males presentes,
passados,
futuros...
Em nome do isso,
do aquilo outro
e em meu nome também.

(absolutamente amém)

9 comentários:

Emilene Lopes disse...

Por um tempo eles podem tudo, depois não fazem nada...Belo texto!
Bjs
Mila

Unknown disse...

Todo o poder sem controlo leva à loucura ...

Beijo.

Suzi disse...

Pra sempre Amém!
Amei!

Renata de Aragão Lopes disse...

Há cura
para a dúvida
eterna?...

Beijo,
doce de lira

DE-PROPOSITO disse...

O poder, regra geral, dilacera. A forma de nos protegermos é fugirmos deles (dos poderosos).
---------
Fica bem.
Felicidades.
Manuel

Lua em Libra disse...

Dal

tua prosa poética (poesia pura) me surpreende! Claras evidências de um pensamento lúcido.

Adorei. Beijo

F. Invernoz disse...

Así sea.

ONG ALERTA disse...

O poder destrói vidas, paz.

Lua em Libra disse...

Dal,

cordeiros tem o vício de entregarem-se sem resistência ao sacrifício. Nunca revidam, são dóceis. São vítimas. Com isso, exercem uma das mais terríveis tiranias: a da vítima. Como ser contrário a alguém que se oferece em sacrifício, alguém que jamais ataca? Quantos cordeiros, como o personagem do poema, em vício e tirania, encontramos por aí?

Beijos, querida. Valeu a provocação.