sábado, 14 de maio de 2011

ESPINHOS




















Conforme eu penetro
fundo, bem mais fundo,
lá onde jamais se vê a luz do dia,

Fundo, bem mais fundo,
entre as más lembranças,
lá onde residem os meus pesadelos,

Eu ainda criança,
vendo pelas frestas,
junto das formigas e das joaninhas.

Escuto sussuros
e vejo absurdos
mundos paralelos, incompreensíveis.

Existia um ponto
onde estava o enigma
sempre me rondando, sempre se achegando.

Me vejo fugindo
e me escondendo,
me vejo sangrando e pisando em espinhos.

foto: Lucy Campbell

7 comentários:

Marcantonio disse...

Às vezes me pergunto se haverá alguém que tenha passado incólume por eles neste jardim das contradições que chamamos vida. Simbolicamente, até o portador da melhor das mensagens foi cingido com uma coroa deles.

Parece um mergulho no inconsciente.

Um abraço , Dalva.

Unknown disse...

As rosas caem, mais os espinhos ficam...

Beijo

Pensamentos Positivos disse...

E as vezes sofremos por algo que nem sabemos o quê...
Abraços

angela disse...

E o enigma continua lá...
Muito bom.
beijos

Moisés de Carvalho disse...

Um poema inesquecivel !
uma belissima postagem...!

um beijo, querida !

Nina Pilar disse...

é verdade, muitas vezes não sabemos o pq de muitas coisas.

seu blog é lindo, passei pra conhecer.

abraços e parabéns amiga, vou voltar mais vezes, e vou segui-la.

MeandYou disse...

Dalva!
Que delícia seu blog e suas poesias!
Gostaria de convidá-la a conhecer um projeto que lancei esta semana pela blogosfera e que tem tudo a ver com poetas e escritores.
Não deixe de me visitar, ok.

http://wwwmeandyou-meandyou.blogspot.com/

abraço carioca