domingo, 6 de março de 2011

MATEMÁTICA
















Dura matemática

a vida daquelas

que trabalham fora
e que trabalham dentro
porque têm família.

Que acordam cedo,
pegam trem lotado

e trabalham dobrado para
ganhar metade.

Que, chegando em casa,
(no ônibus cheio)
são cama-mesa-e-banho na mão do marido.

Dura matemática
o servir cansada
mas servir sorrindo.


foto: Salário


7 comentários:

Marcantonio disse...

Eis aí um olhar original (um viés, diriam)sobre esse tema! Esse pensar a desproporção que, tristemente, seria, no final das contas, sempre matemática.

Um abraço, Dalva.

Unknown disse...

Contas diíceis minha querida.

Beijo.

angela disse...

É um dividir que tem que resultar múltiplo.
Beijos

DE-PROPOSITO disse...

Que acordam cedo,
pegam trem lotado
e trabalham dobrado para ganhar metade.
--------
Este poema fea-me lembrar a CALÇADA DE CARRICHE.
-------
FELICIDADES
Manuel

Concha disse...

A matemática como ciência exacta não resulta na ciência da vida.
A vida é dura!
Bjs

Renata de Aragão Lopes disse...

Parabéns, Dalva!

Você retratou lindamente
a realidade feminina.

Pagamos caro
pela liberdade, não?

Um beijo.

POESIAS SENSUAIS E CONTOS disse...

Apenas um momento
.

Quero amar!
Somente amar.
Não quero ser
um louco delirante.
Quero o luar
para iluminar
na beira do mar,
nossos corpos nus se amando...
Depois se você se for
que vá.
Mesmo que eu tenha que chorar,
não vou morrer de saudade.
Porque o meu coração,
não tem medo da solidão,
quando decidiu te amar,
por um momento,
e depois;
uma eternidade
de lembranças,
saudade,
solidão,
dor,
e paixão,
que curarei
em outros braços...

.
Poeta Francis Perot