quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

SEM RUMO




"Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar..."

(Candeia)











Saio de casa

sem rumo,
nada de planos, sem planos...

No bolso esquerdo
uns reais,
um desespero e não mais.


Meu corpo vai,
ele vem,
no condomínio, o viaduto, a rodovia,

Meu guarda-chuva
anda em hipérbole,

cansadíssimo de errar.

foto: Cassy







4 comentários:

Unknown disse...

"Como tudo é possível, ousemos fazer rumo ao impossível ..."

Abraço.

DE-PROPOSITO disse...

um desespero e não mais.
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A vida em si é um desespero!... Desespero por não se concretizarem os sonhos, por não atingirmos a meta desejada.
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Fica bem.
E que a felicidade ande por aí.
Manuel

Renata de Aragão Lopes disse...

cansaço - socorro - cansaço

gosto de observar
a reincidência
dos temas...

bonito poema!

um abraço,
doce de lira

Marcantonio disse...

Eu venho aqui para respirar um ar de nobreza, esse nobre consentimento à tristeza, à dúvida, ao medo, à náusea existencialista. De repente, uma flor é expelida, a doce alegria de uma coisa concreta, ou uma ternura comovida. Real? Não sei, mas viva, certamente.

Um abraço

Marcantonio