Faz tanto tempo que a gente não conversa
às altas horas
sobre as nossas ninharias, bagatelas.
Que não se beija,
que não se abraça,
faz tanto tempo que a gente não namora!
Hoje é o trabalho,
é a condução...
faz tanto tempo que a gente já nem ama!
Um, calado, mudo.
Olhando um ponto bem além dessas paredes.
O outro então...
virou de lado e agora finge que dorme.
E talvez durma.
E talvez sonhe.
E talvez tenha, em sonhos, o que não tem na vida.
foto: Helene Schjerfbeck
6 comentários:
Eu passo por aqui sempre.
E,finalmente foi postado um poema lindo,real,para todas as idades, e para todos os lugares.
Beijinhos
Demora, mas vale a pena esperar.
Quem já não ficou assim, com os sonhos desencontrados ou secados pela aridez do dia a dia.
beijos
Ah, Dal...
Faz tanto tempo que isso é desfecho (im)possível a quem ama. Tua denúncia irmana a muitos de nós.
Beijo
CeciLia
Ninharias e bagatelas,
fazem parte da vida,
não é?
Cumprimentos meus
Eu nem vou falar. Nem vou.
Ah! Se não fossem os sonhos...
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