Eu queria mesmo,
muito, muito, muito,
sentar na varanda
cheia de antúrios.
Sentar no alpendre
cheio de gerânios,
plantados na lata
de óleo Salada.
E ficar ali,
muito, muito tempo,
sem pensar em nada,
e sem fazer nada.
Só olhando o ocaso
e olhando o povo
que vai e que vem.
Talvez,
numa dessas,
eu achasse a peça
que tanto me falta...
sentar na varanda
cheia de antúrios.
Sentar no alpendre
cheio de gerânios,
plantados na lata
de óleo Salada.
E ficar ali,
muito, muito tempo,
sem pensar em nada,
e sem fazer nada.
Só olhando o ocaso
e olhando o povo
que vai e que vem.
Talvez,
numa dessas,
eu achasse a peça
que tanto me falta...
foto: "Puzzle Piece" - Mr. Brian
4 comentários:
cheia de antúrios.
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Porquê antúrios!... Há tantas flores bonitas. É como comer só um bolo durante a vida. afinal de contas, há tantos bolos, cada um com seu sabor, embora todos, ou quase todos, doces.
Fica bem.
Felicidades.
Manuel
Oi, Dalva, estou vindo lá do blog da Cecília Cassal. Gostei dos seus poemas, da sua capacidade de transformar o cotidiano em poesia, da sua sensibilidade. Abraço.
A peça que falta é um segredo a ser desvelado na última hora, querida.
Estou viajando, com dificuldades para conseguir sinal para o notebook.
Dalva, me identifico com sua maneira de poetar. Gotaria de colocar um comentário em cada postagem mas logo vou perder esse sinal que consegui.
Obrigada pelo alpendre, pelas antúrios, pelos gerânios e pelo verso final .
Com carinho e afeto,
Leonor Cordeiro
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