sábado, 25 de agosto de 2007

ODE À MULHER



Ó doce mulher,

olhos de corsa,
mãos hábeis de fada madrinha,
e língua persuasiva.

Ó busto macio,
ventre de barro
aonde afundam todas as ânsias,
como as sementes.

Ó gota de orvalho,
rosário nas ramas,
onde o pássaro faz o seu ninho,
e o amado se aninha.

Ó doce delícia,
lambuzada de mel,
fina teia em torno da presa,
suave e definitiva.

Ó pequena flor
aberta no frescor da manhã,
tens o amor nas dobras da mão
e gosto de segredo.

setembro 2005

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