quinta-feira, 29 de outubro de 2009

OU QUASE TANTO






















Razão, de que me serve o teu socorro?
Mandas-me não amar, eu ardo, eu amo;
Dizes-me que sossegue: eu peno, eu morro...

Manuel Maria Barbosa du Bocage 1765-1805


Poesia,
o teu socorro
nada vale: desabafo,
podes ser,

ou és janela escancarada?


Incentivo para a morte

(ou quase tanto)

é isso mesmo
que eu recolho,
ou quase tanto.


Tipo,

as gotas da garoa, garoando,
(ou da lágrima)

escorrendo

entre um verso
e outro verso,

ou é sangue o que eu derramo?


"Habilidade",
"inspiração",

"visão do mundo"...


Nada vale o teu socorro:

sou eu quem sofre,
eu quem chora,
(ou quase tanto).


foto: "Contemplez ma larme", in Deviantart, by Versatis

6 comentários:

angela disse...

Dalva
Que bom te-la aqui mais a miude.
Lindo o poema, mas não sei responder as suas indagações.
beijos

Débora Camargos disse...

(ou quase tudo)?
Lindo!

Unknown disse...

Nascemos para lutar e a nossa vida é uma eterna batalha.


Abraço.

Fran Invernoz disse...

La poesía es todo, es la vida, querida amiga.

Concha disse...

A vida é uma constante luta, entre a realidade e o sonho.
Pedimos protecção,auxílio,mas nem sempre o temos como queríamos que fosse.Aí caímos na realidade e deixamos o sonho.
Um grande abraço

DE-PROPOSITO disse...

sou eu quem sofre,

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O sofrer faz parte da vida de uma pessoa. Até os beneficiados pela sorte têm os seus problemas.
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Fica bem.
E a felicidade por aí.
Manuel