Tarde no quintal.
Verão,
calor de rachar mamona!
O tempo passa molenga
vai passando,
vai passando...
Lá e-vem
um grilo morto
no reguinho d'água
evem escorrendo do tanque
às touceiras de poejo, e aos canteiros de malva.
Calor...
O hipnótico e sentido soluço
das cigarras,
e a longa fila indiana
de formigas
e uns pardaizinhos sem dono, espojando-se na areia.
Calor...
O meu olhar espichado
espia
e meio que vê,
(meio que não)
por riba do alto muro.
O muro que aparta os dois mundos:
o mundo de lá,
e mundo de cá.
2 comentários:
Delícia de calor!
Dona Poeta, te passei um meme. Só responde se quiser,tá?
Beijão.
Tuas palavras fazem com que o desconforto do calor seja convertido nas delicias de lembranças de infancia. Poesia de primeira
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