quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

TARDE NO QUINTAL















Tarde no quintal.
Verão,
calor de rachar mamona!


O tempo passa molenga
vai passando,
vai passando...

Lá e-vem
um grilo morto
no reguinho d'água
evem escorrendo do tanque
às touceiras de poejo, e aos canteiros de malva.

Calor...
O hipnótico e sentido soluço

das cigarras,
e a longa fila indiana

de formigas
e uns pardaizinhos sem dono, espojando-se na areia.

Calor...
O meu olhar espichado
espia

e meio que vê,

(meio que não)

por riba do alto muro.


O muro que aparta os dois mundos:

o mundo de lá,

e mundo de cá.


2 comentários:

Anônimo disse...

Delícia de calor!
Dona Poeta, te passei um meme. Só responde se quiser,tá?
Beijão.

Dona Sra. Urtigão disse...

Tuas palavras fazem com que o desconforto do calor seja convertido nas delicias de lembranças de infancia. Poesia de primeira