sábado, 1 de setembro de 2007

A COISA



Eu vejo uma coisa,
tu vês outra,
porque uma coisa é sempre mais do que ela mesma:
ela é ela
mais a relatividade da coisa.

Ela é a massa,
energia,
mais não sei quantas vezes a aceleração.


Tu olhas,

ela transmutou,
já é outra coisa.

Ver
é recriar o mundo,
é interagir com o belo,
é interagir com o feio,
é comungar com o todo, sentindo-se único.

2006

Um comentário:

Anna Bolena disse...

voce consegue poetisar uma coisa que ainda não é. isso me faz ressurgir das cinzas.