sábado, 28 de setembro de 2019

MERGULHO

à noite
quando o mundo dorme
(ou finge dormir)

o sabiá vago
volta para o alto da alta palmeira
onde fica mudo

e o medo
eterno
se encolhe no escuro fundo do abismo

eu saio
em segredo
sem fazer barulho de dentro da toca 

eu saio
da máscara
saio da armadura e mergulho em mim.

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