
Dos ovos ocultos no meio das flores
dum jardim oculto no meio da serra
duma serra oculta no meio do mapa
duma infância oculta no meio da vida
Da saudade imensa do que já não é
do gostinho doce de doce de leite
do ovo cozido e o bacalhau e de tudo
tudo que eu não tive, e que o mundo me deve.
foto: Vida das Coisas
3 comentários:
Uau!
Sei bem o que é isso, mas tambem estou aprendendo que não leva a nada. É necessario, indispensável, mudar o olhar. Transformar os desejos, de hoje, de ontem...
Os meus maiores votos de um Feliz Domingo de Páscoa!!!
Esta poesia,é realmente notável,sensibilizou-me.
Ainda mais,com o egoísmo e egocentrismo que nós desumanamente vivemos...
Ah, Dalva querida
Como sei o que é isso, como sei! Inventar um passado para suportar melhor o presente.
Beijo, poeta. Teu poema me emocionou. Obrigada.
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