terça-feira, 11 de setembro de 2007
SUPONHAMOS
Suponhamos que eu esqueça de nós dois,
das nossas músicas,
dos nossos sonhos, suponhamos que eu esqueça.
Suponhamos que eu jamais fale o teu nome,
que eu já nem pense,
e que nem queira mais morar no Canadá.
Que eu não leia todo dia os mesmos livros:
Pablo Neruda,
Robert Frost, Herman Hesse, García Márquez.
Que eu não mais beba vinho tinto ao pé do fogo,
e nem conhaque,
nem coma queijo provolone e pão italiano.
Que eu já não fume, e nem caminhe todas tardes,
até o Trianon,
e nem assista a todos filmes do Almodóvar...
Ainda assim, eu não consigo te esquecer,
ainda assim,
sempre haverá algo que evoque o que nós fomos.
foto: "Amapola" - Legabal
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
sempre havera algo. Muy bonito poema, me ha gustado mucho.
Flor bela, que raio de sintonia sincrônica é éssa que nos une?
Beijos.
Postar um comentário