GERMINAÇÃO
A esperança germina no meio do asfalto,
e sobre o viaduto,
e na boca do túnel,
em meio à fumaça.
A semente perdida se infiltra nos ferros,
e se enrosca, e dá flor,
e o fruto aparece
conforme a espécie.
É uma sã petulância de pés de guiné,
espadas de são jorge
e raminhos de arruda
plantados na lata.
É o pé de café no pátio da empresa,
enfeite absurdo
plantado talvez
pelo guarda-noturno.
É um jardim fortuito e quase bonito,
jardim meio horta,
sem ortodoxia,
porto dos pardais à procura de pouso.
março 2007
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