sábado, 18 de agosto de 2007

GERMINAÇÃO


A esperança germina no meio do asfalto,

e sobre o viaduto,
e na boca do túnel,
em meio à fumaça.

A semente perdida se infiltra nos ferros,
e se enrosca, e dá flor,
e o fruto aparece
conforme a espécie.


É uma sã petulância de pés de guiné,
espadas de são jorge
e raminhos de arruda
plantados na lata.


É o pé de café no
pátio da empresa,
enfeite absurdo

plantado talvez
pelo guarda-noturno.

É um jardim fortuito e quase bonito,
jardim meio horta,
sem ortodoxia,

porto dos pardais à procura de pouso.

março 2007

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