domingo, 19 de agosto de 2007

CHUVA


Um cheiro novo no ar:

cheiro de mato, de seca.

Cheiro de mundo cansado,
e correição de formigas.

O vento uiva, insistente,
arrastando folhas no chão.

Blam! janela batendo,
e enlouquecidos varais.

Rosas se embatem nas ramas,
pétalas caem na grama.

O trovão que ribomba longe
espalha as aves nos céus.

Pingos e pingos e pingos,
da chuva que veio e já foi.

O arco-íris na poça,
branco de areia lavada.

maio 2006


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