quinta-feira, 6 de maio de 2010

DEIXA EU ANDAR DESCALÇA













Deixa eu andar descalça nas calçadas,

nas ruelas

e nos becos

que fizeram da infância um lugar mágico.

E mergulhar pelada na água clara

do riacho

que deságua

além das pedras recobertas de taboa.


Deixa eu ter na boca o gosto doce

das goiabas

e das mangas

arrancadas dos quintais circunvizinhos.


E dormir à noite, ouvindo os bichos,
sapos,
grilos,

sonhar
talvez, e não pensar em acordar.

( publicado ontem no MIRADA ANTERIOR )
Foto: Barefoot

12 comentários:

Emilene Lopes disse...

Olá Dalva!
Resumindo; deixa-me ser criança outra vez!
Linda sua poesia.
Faça-me uma visita, será um prazer ter você no meu espaço...
Bjs
Mila

Marcantonio disse...

Esperar pelo seu poema já é como comprar ingresso antecipado para um concerto imperdível. E sou sempre recompensado!

Abraços.

Anônimo disse...

Deixa viver as singelezas da vida pois é lá que estão as melhores mensagens e a alegria!

Lindo poema!!

Beijos

ONG ALERTA disse...

Feliz dia dad mães, paz Lisette

Marly disse...

Olá, Dalva
Então, o meu pai graças a Deus está forte e não teve problema psicológico.
Hummmm! Eu me vi andando descalça também... Que delícia!
bjs

Prussiano disse...

Belas palavras.....

de minha parte, estou buscando inspiração para escrever novamente...

no momento... a inspirção ainda não veio ! =/

abração !

Tania regina Contreiras disse...

Minha infância... Saudades que dá. Receio de que as palavras que a retratam desapareçam junto com os objetos, as frutas, os nomes, os sabores, os cheiros...

Eu te saúdo, aqui chegando e seguindo.
Abraços,
Tânia

ONG ALERTA disse...

Sim poder sentir a vida de verdade, paz.
beijo Lisette

Renata de Aragão Lopes disse...

... lindo ...

Lívia Inácio disse...

Nossa!

Desprendi-me de mim mesma agora!

Esse poema me concedeu uma sensação de liberdade tão grande, que chegou a me encher de alegria!

Dona Sra. Urtigão disse...

Vim lendo lá de cima, hoje, vim me perdendo e reencontando, seus jogos de palavras se transformam em beleza. Adoro.

Clemilde disse...

Olá Dalva!
Fiquei feliz com sua visita. Lembrava-me de você sempre. Perdi seu contado. Agora tornei-me sua seguidora. Adoro poesias. Virei aqui sempre.

Beijos