segunda-feira, 4 de maio de 2009

OS MEUS FANTASMAS



















Um porão,
quarto escuro, sem porta ou janela.
E, mesmo havendo,
não tendo a vontade de olhar...

Quem és tu?
Quem tu és? Donde vens?
O paredão
que bloqueia e impede o meu vôo.

A mão pesada
e cinzenta que fecha o imenso cadeado.

Os fantasmas
porém, de outra vida deveras mais viva.

A memória

adorada e fugaz dumas
coisas imensas.
Ferroada
doída e constante das coisas pequenas.



Foto: Vilhelm Hammershøi


5 comentários:

Mario Poloni disse...

Dalva starlight...
Depois de uns tempos afastado das coisas de blog e tal... acho que to retornando...
Essa sua poesia de sentidos, sensações e contemplação me faz ler sempre sorrindo (mesmo as mais "sombrias")...
"Cumplicidade", então... matou!
Bjssss

angela disse...

Que bom que pode voar até aqui e veio com esse poema sofrido mas tão bonito.

Concha disse...

Há fantasmas visivéis e invisivéis.
Uns desaparecem das nossas vidas outros ficam por cá...
De quando em vez a memória trá-los de volta. Ás vezes a rir outras a chorar e é aí que acontece a
"Ferroada
doída e constante das coisas pequenas"

Dalva,só quero dizer que adorei!

angela disse...

Oi Dalva
Postei um comentário que não apareceu. Alguma coisa a desagradou?
Abraços

Nuno G. disse...

fantasmas que nos atormentam em tempos de desespero...
gostei imenso da sua poesia... vou estar atento...

(www.minha-gaveta.blogspot.com)