quarta-feira, 13 de maio de 2009

ALGO QUEBROU


















Eu hoje estou assim:

bem pessimista,

bem realista,

bem consciente da minha circunferência.

Mas eu não era assim:

eu tinha sonhos,

tinha desejos,

vivia muito mais além das circunstâncias.


Só sei que,
de repente,
(tão de repente)

algo quebrou,

algo deixou de ter, em mim, correspondência.


Foto: Salvador Dalí

5 comentários:

angela disse...

Perfeita desilusão.Poema redondinho.
Gostei da consciencia da circunfêrencia.
abraços

Concha disse...

O porquê de haver dias assim? Não sei...
Despertar de repente e ver tudo triste e sombrio...
Acontece.
É,é isso mesmo "Algo quebrou"
Adorei

lili laranjo disse...

Um beijo...



AMARRAS
Amarras…
Soldadas…
Apertadas…
E que doem…

Vou…
Esticar os braços…
Com força…
E cortá-las…
Quero ser livre…
Saber quem sou…
E o que quero…

Não quero…
Sonhar por sonhar…
Esperar…
E nada ter…

E com força…
Arranco…
As amarras…

E mesmo doendo…
É dor de momento…

E não voltarei…
A deixar pôr amarras…
Porque quero…
Ser eu novamente!...


Lili Laranjo

lili laranjo disse...

Deixo...

Chuva

É tarde
Lá fora
Há chuva…
Chuva que cai…
Devagar…
Mas sem parar…
Cai e faz-me pensar…

Deixa-me a certeza
De haver amargura
De haver solidão
De haver tristeza…

E a chuva
Continua a cair…
De mansinho…
No meu jardim…
E a minha alma
Sofre de dor…
E espero…
Que a chuva pare…
E o sol volte por fim!...


Lili Laranjo

christiana disse...

Gostei da circunspondência!

Dalva, botei um sarau pra São João lá no blog, pra ver se faz chover na nossa roça! Será uma honra que apareça com seus versos. Beijos