Ah, se eu pudesse
viajar
no tempo até aquele momento
em que um certo dia, eu me perdi de mim.
E, se eu pudesse
corrigir
a rota dos meus desacertos ,
descaminhos, tantas turbulências...
Ah, se eu pudesse
desviar
o barco do mar de tormentas
e sem horizontes que foi a minha vida!
foto: "Toddlers" - Sally Swatland
6 comentários:
Dal,
que bom estar aqui! Também tenho esta espécie de saudade do não-vivido. Mas só por isso ela existe, não é mesmo?
Beijo
Querida Dalva... Como sou um cara do rock... lembrei de Cartola: "... ah seu eu pudesse / mas não posso, não devo fazê-lo / isso não acontece..."
O "ERAM SEIS DA TARDE", precioso... um feixe de "tomografia" de estado de alma...
Bjssssssssssssss
E eu, que não sou do rock, mas também gosto de música, me lembrei de "Meus tempos de criança", do Ataulfo Alves, que termina assim:
"Eu igual a toda meninada
Quanta travessura que eu fazia
Jogo de botões sobre a calçada
Eu era feliz e não sabia"
Dá um bom diálogo com seu poema, cada um dizendo o contrário do outro, né não? Dá samba? He he...
Não costumo comentar poesia, me falta capacidade. Apenas sinto ,algumas pelo balançar das sílabas e dos versos. Outras pela minha receptividade a um dado fluxo de emoçoes.E alguma, fico tentada a usar como ponto de partida para diálogos.
Mas sei que o poeta é fingidor, como sei que produção é diacronica.
Então,
com meus cumprimentos, bela obra.
Mas o que eu queria dizer é que com certeza temos certeza de que não faríamos muita coisa de forma diversa, que não seria a outra estrada a tomada, porque senão não seríamos quem somos agora.
Acho que a Dona Senhora U. tem razão, todos pensamos por vezes se não...etc.
Mas vale o rebuliço da questão!
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